Não quero vê-lo. Não quero ouvir suas mentiras e nem mesmo me enganar com o auto-engano proposto por ele à ele mesmo. Não. Não quero mais partilhar o tempo com o meu torturador, que exerce sua maldade na simples alternância de ser desejo e ferida.
Sedutor, involuntário ou perverso, seduz pela inocência que cerca o mal de sua existência punidora. Em todo seu encanto é matéria frágil e delgada, contradito objeto amado, de miudezas orgânicas e implicâncias infortúnias na proporção do que sente calado e com sede.
Hoje, gostar e não gostar são a mesma coisa.
A crise do dia é de tempo concluso, espera e saudade que se sente antes de, de fato, saudade ser. O observado é a união de inícios solitários: finais, acasos, barulhos do ilogismo e ornitoromances (ode ao neologismo que não é meu e, sim, das berenices).
No pequeno do que é, é parte conteúdo e parte encanto. Mais encanto que conteúdo. Mais encanto que objeto. Mais encanto que qualquer outra coisa. Já do outro, o outro é beleza vazia.
A competição foi travada entre mim e uma guirlanda de natal.
A culpa não é de todo dele, por essa tortura chinesa. A culpa é dividida com minha natureza astrológica, que tende a transformar aspirações em gastrite nervosa e refletir demais sobre o óbvio não dito, que pela clareza é quieto.
Querido objeto amado, por favor, seja entre silêncio, sorriso e encanto, palavra.
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